Homens, estou solidário convosco …

Este tempo de “isolamento social” pode ser “delicado”, senão mesmo perigoso, ao alterar profundamente as horas de “convivência” entre marido e mulher, companheiro e companheira. Em situação normal só estão juntos à noite (a maior parte do tempo a dormir) e ao fim de semana. Mas agora, o “fim de semana” é permanente e convivem dia após dia. Sejamos realistas, não é fácil. Sobretudo para os homens. É que todos nós sabemos quem é lá em casa o “homem” da relação! Mas há que ter cuidado com o sorriso da mulher. Se ela for capaz de sorrir quando tudo está mal … é porque já pensou em quem deitar a culpa.

Pela minha condição e vivência, estou solidário com os homens (elas que me desculpem), permitindo-me fazer-lhes algumas sugestões.  Quando perguntamos à mulher “o que se passa?” e ela responde “não é nada” ou, num tom seco e ríspido diz “naaaaaada”, de cara amuada, (que em gíria popular se traduz “de trombas” ou “de quem está com o toco”), é precisamente o contrário. Ela sabe, e nós sabemos, que algo não lhe caiu bem, que alguma coisa a incomoda. O quê? Se julgarmos que vai ser fácil descobrir “que mosca lhe mordeu”, estamos muito enganados. Em regra, não é nada fácil perceber ou só será possível depois dela “fazer muitas fitas”. E vai ser precisa uma grande dose de paciência, num jogo de (falsa?) preocupação, porque é isso que ela quer. Que fiquemos preocupados. Porque gosta de sentir essa nossa preocupação (real ou falsa). Dá-lhe um enorme prazer “assistir” ao “sofrimento” do “escravo”, como se aí esteja a sua redenção.

Se ela perguntar “este vestido faz-me gorda?”, é preciso ter cuidado a responder, porque “podemos ser presos por ter cão e presos por não ter”. A pergunta tem rasteira, porque ela tem consciência que aquele vestido a faz gorda. Assim, como já conhece a verdade, mas não quer ouvi-la da nossa boca, precisa de arranjar um “bode expiatório” pelo facto de o ter comprado e sentir-se desapontada por lhe ficar justo demais, fazendo realçar aqueles pequenos pneus à volta da cintura. Atenção, não lhe podemos dizer que a faz gorda, porque é disso que ela está à espera, para nos cair em cima dizendo que “não gostas de mim” ou “achas mesmo que sou gorda?”. Mas se cairmos também na patetice de lhe esconder a verdade, que é evidente, a reação poderá ser ainda pior com um acalorado “estás a mentir” ou “não é isso que estás a pensar”. Entre uma resposta e outra, há que escolher terceira via, uma alternativa e optar por não responder, porque nestes casos ela não quer ouvir resposta nenhuma da nossa parte. É uma pergunta somente para se ouvir, um desabafo atirado ao “vento”, que somos nós. E o vento nunca lhe responde, porque é mais inteligente do que nós. Ainda podemos optar pela fuga, inventando uma desculpa bem conseguida e fundamentada, para não dar azo a sermos “apanhados a mentir”. O argumento de que “temos de ir urgentemente à casa de banho” ou outro bem consistente, não pode deixar dúvidas para que a saída seja airosa. Lembremo-nos sempre que “a esposa é a mulher que está ao nosso lado para nos ajudar a resolver os problemas … que não teríamos se não estivéssemos casados”.

Por norma nunca estão satisfeitas, nada lhes agrada. Senão, vejamos: foi inaugurada em Nova Iorque The Husband Store (Loja do Marido), uma loja moderna e incrível onde as mulheres podem ir escolher um marido. Na entrada, as clientes recebem instruções de como a loja funciona: podem visitá-la APENAS UMA VEZ! São seis andares e os atributos dos maridos à venda melhoram à medida que vão subindo os andares. Mas há uma regra: podem comprar o marido escolhido num andar ou optar por subir mais um. MAS NÃO PODEM DESCER, a não ser para sair da loja diretamente para a rua. 

Foi assim que a mulher entrou na loja para escolher um marido. No primeiro andar havia um cartaz na porta: “1º Andar – Aqui todos os homens têm bons empregos”. Não quis ficar por ali e subiu mais um andar …

No andar seguinte o cartaz dizia: “2º Andar – Aqui os homens têm bons empregos e gostam de crianças”. Mas ela não ficou satisfeita e subiu ao seguinte …

No terceiro andar, o aviso dizia: “3º Andar – Neste piso, os homens têm ótimos empregos, gostam de crianças e são bonitões”. “Uau!”, disse ela, mas achou que no andar de cima seriam melhores.

No andar seguinte o cartaz anunciava: “4º Andar – Aqui os homens têm ótimos empregos, gostam de crianças, são bonitos e gostam de ajudar nos trabalhos domésticos”. “Ai meu Deus”, disse a mulher. Mas não resistiu à tentação e continuou a subir …

No piso seguinte lia-se no letreiro: “5º Andar – Aqui os homens têm ótimos empregos, gostam de crianças, são bonitões, gostam de ajudar nos trabalhos domésticos e ainda são extremamente românticos”. Mas, como ainda não estava satisfeita, subiu até ao sexto andar, onde encontrou o letreiro seguinte: “6º Andar – Você é a visitante número 31.456.012 deste andar. Cá não existem homens à venda. Este andar existe apenas para provar que as mulheres nunca estão satisfeitas e é impossível agradar-lhes!!!” Obrigado por visitar a Loja dos Maridos.

Anos mais tarde abriu uma loja do outro lado da rua, a Loja das Esposas, também com seis andares e idêntico regulamento para os compradores masculinos. O primeiro andar anunciava mulheres que adoram sexo. No segundo andar, propunham-se mulheres que, além de gostarem de sexo, gostam de cerveja. Sabe-se que os andares três, quatro, cinco e seis nunca foram visitados. Caso para dizer: “que tipo de gente é esta, que se contenta com tão pouco!!!”

E, cuidado com o telemóvel. Não sei se já conhece aquela nova loja de tecnologia, com um grande cartaz na porta a anunciar: “Conseguimos recuperar as mensagens apagadas do telemóvel do seu marido”. Se for lá espreitar, encontrará sempre quatro filas ao longo do passeio que até dão a volta ao quarteirão, todas de mulheres a querer entrar na loja …

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