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A “Lei dos Azarados” e a vida …

Existe um adágio da cultura ocidental, normalmente citado como “qualquer coisa que possa correr mal, correrá mal e no momento pior possível”, conhecido por Lei de Murphy. Sendo conhecidos alguns relatos antigos sobre esta “Lei”, a expressão só viria a ganhar esse nome em 1949 a partir do resultado num teste de tolerância à gravidade por seres humanos, feito pelo engenheiro aeroespacial Edward A. Murphy. Ao ensaiar o equipamento que registava os batimentos cardíacos e a respiração dos pilotos, aconteceu uma anomalia pelo facto de ter sido montado de forma errada. Nessa altura, Edward pronunciou o seguinte: “Se alguma coisa pode dar errado, dará”. A frase viria a ser repetida vezes sem conta, acabando pelo nome de Murphy ser usado para o batismo dessa regra da nossa vida, que hoje é conhecida em todo o mundo por Lei de Murphy, também tida por Lei dos Azarados.                                               As frases, quase sempre com uma boa dose de humor, não são mais do que a constatação de que qualquer coisa que tenha de correr mal … vai correr. E temos de viver com isso. Ao longo do tempo as “Leis” foram aumentando em número e variedade, num contributo de muitos para um resultado que nunca é final, já que a lista está sempre aberta a novos conceitos e visões da vida.                               A primeira da lista é mesmo a expressão de Murphy, “se alguma coisa pode dar errado, dará”, hoje acrescentada de: “E mais, dará errado da pior maneira, no pior momento e de modo que cause o maior dano possível”. E todos nós já nos confrontamos com uma ou outra situação em que tal aconteceu, a provar que tinha razão. Para dizer coisas sérias a brincar com os “atalhos” e confirmar o ditado “quem se mete por atalhos mete-se em trabalhos”, nasceu a expressão que “um atalho é sempre a distância mais longa entre dois pontos”. Na mesma linha, são interessantes “nada é tão fácil quanto parece, nem tão difícil quanto a explicação do manual” e ainda “tudo leva mais tempo do que todo o tempo que você tem disponível”. Tal como “quando um trabalho é mal feito, qualquer tentativa de melhorá-lo piora” ou “os acontecimentos infelizes acontecem sempre em série”, enquanto “todas as vezes que se menciona alguma coisa, se é bom, acaba, se é ruim, acontece”. Nós revemo-nos em praticamente todas as expressões da Lei de Murphy porque não são mais do que registos precisos, preciosos, com bom humor, de situações comuns a todos.                              O que dizer desta: “Se tens alguma coisa há muito tempo de que não precisas, podes deitá-la fora. Se a deitares fora, vais precisar logo dela”. Isto já me aconteceu algumas vezes e acabei por ter de comprar coisas que tinha há muito tempo, mas que tinha dado ou atirado ao lixo pouco antes de fazer falta. Acaso? Lembro mais: “O modo mais rápido de encontrar uma coisa é procurar outra. Vocêencontra sempre aquilo de que não está procura”. Em relação ao telefone, há uma Lei que diz: “Quando te ligam, se tens caneta não tens papel; se tiveres papel, não tens caneta; se tiveres ambos, ninguém liga; quando ligares para um número de telefone errado, nunca estará ocupado; todo o corpo mergulhado numa banheira faz tocar o telefone”. Não passamos já por isso? É como a expressão que revela o conhecimento pela experiência: “Só sabe a profundidade da poça quem cai nela”. 
Vi uma notícia na televisão sobre um homem que andou algumas dezenas de quilómetros na autoestrada em contramão e lembrei-me daquela: “Se consegues manter a cabeça fria enquanto à tua volta todos a estão perdendo, provavelmente tu não entendes a gravidade da situação”. Já para quem quer tirar um curso ou afins:
“Se o curso que mais desejavas fazer só tem “25” vagas, podes ter certeza de que serás o aluno “26” a tentar matricular-se. E no exame final, 80% será baseado na única aula que tu perdeste e baseado no único livro que não leste. E a citação mais valiosa da tua redação será aquela de que não consegues lembrar o nome do autor”. 
Já agora, quando for às compras, lembre-se desta Lei: “Se estiver escrito “tamanho único” é porque não serve a ninguém”. E tenha atenção às quedas, sejam elas quais forem, respeitando o que a elas diz respeito: “Qualquer esforço para agarrar um objeto em queda provocará mais destruição do que se deixássemos o objeto cair naturalmente. Tal como a probabilidade dum pão cair com o lado da manteiga virado para baixo é proporcional ao valor da carpete”. E sobre as filas: “A fila do lado anda sempre mais rápida e não adianta mudar de fila, pois a outra é sempre mais rápida”. Já lhe aconteceu isso nas filas do supermercado ou noutra fila qualquer? A mim já, muitas vezes, deixando-me a resmungar comigo mesmo por não acertar na fila certa. Às vezes até tenho mudado e o resultado chega a ser pior.
Já se deu conta de que “tudo que é bom na vida é ilegal, imoral ou engorda”. Há quem acrescente: “Ou engravida”. É como a atração das partículas: “Toda a partícula que voa sempre encontra um olho aberto”.                                                                                 Na vida pensamos que tudo vai dar sempre certo, mas não dá. E temos de estar preparados e disponíveis para encarar isso como uma probabilidade, por muito que nos custe. As expressões a que alguém resolveu chamar Lei de Murphy, são provocações sérias às nossas certezas, em tom de brincadeira, mas que vale a pena ter em conta para não sermos surpreendidos quando as coisas correm mal. Até porque, como diz uma das Leis, “a Natureza está sempre a favor da falha” ou “tudo o que começa bem acaba mal e tudo o que começa mal, termina pior”, até porque “nada é tão ruim que não possa piorar”.  As “conversas sérias que são necessárias, só acontecem quando estamos com pressa”, é uma das máximas deste conceito.                                                                                    Ora, e apesar de eu estar com pressa de acabar esta crónica porque o diretor do jornal já me fez um “ultimato”, não quis fazer desta uma conversa séria, se bem que algumas coisas são sérias, mas ditas a brincar. E por isso o lembro antes de terminar que, “o único filho que ronca é aquele que quer dormir consigo” e ainda, “nenhuma bola acerta no vaso que você detesta”. É que a realidade nem sempre está de acordo com os nossos desejos … 

Heróis à força, mas … Heróis

Ninguém quer estar doente, muito menos receber a notícia de que tem uma doença grave pois nunca imaginou que um dia lhe bateria à porta. Mas pode chegar a qualquer momento e quando menos se espera já que não somos diferentes dos outros. Na roleta da vida as doenças vão sendo distribuídas por toda a gente, sem exceção, numa lotaria em que o “prémio”, grande ou pequeno, pode tocar a qualquer um e não há como dizer “não quero”. É de aceitação obrigatória.

Rosalinda (nome fictício) ainda estava distante dos sessenta anos quando começou a sentir algumas dores na mama até notar um pequeno nódulo com os dedos. Conhecendo o historial de algumas vizinhas, começou a supor o pior e falou disso ao marido. Ao outro dia foram ao médico, que a mandou fazer uma mamografia. Estava sozinha no hospital quando recebeu o resultado e viu confirmada a sua suposição de que tinha cancro da mama. Apesar das suspeitas, foi “como se o mundo lhe caísse aos pés”, confessa. “Chorei como já não o fazia há muito tempo. De tal forma que, quando liguei à minha nora que estava ali perto, não consegui sequer dizer-lhe o que era. Mas ela entendeu e apareceu para me apoiar. A partir daí percebi que não valia a pena chorar. Aquilo era para mim e tinha de o enfrentar sem receio, mas com esperança, tendo a Nossa Senhora de Fátima como minha protetora. Fui tratada no IPO onde fiz cirurgia, quimioterapia e radioterapia. Aceitei com resignação todo o tipo de tratamentos que os médicos e enfermeiros me aconselharam, seguindo à risca os seus conselhos, pois eles é que sabem qual a melhor maneira de cuidar de nós. Avisaram-me sempre previamente do que iria acontecer a seguir e quais as consequências. Quando me disseram que o meu cabelo iria cair e me aconselharam a cortá-lo curto para que o choque não fosse tão grande, eu assim fiz, se bem que nunca quis usar peruca porque não senti vergonha de mim por não ter cabelo. O choque sempre foi para as outras pessoas. Hoje dou graças a Deus por poder fazer a minha vida normal e estar de volta”. 

Há algo que Rosalinda valorizou muito durante o combate à doença: o extraordinário apoio da família e amigos, um pilar fundamental da sua recuperação. E a sua Fé e devoção a Nossa Senhora de Fátima, que lhe deu forças e esperança de vencer o cancro, essa doença cujo nome só por si, é um monstro que causa muito medo. 

Já Mariana não teve a mesma sorte. Também diagnosticada com um cancro da mama teve de retirar uma completamente, para além de se sujeitar a tratamentos de quimioterapia e radioterapia. Depois do choque inicial que a fez chorar muito, acabou por aceitar e encarar os tratamentos como o caminho certo para ultrapassar esse momento difícil. Mas, apesar da doença ser um fardo seu, houve quem não se tenha aguentado e aproveitou a sua fragilidade para a abandonar no momento em que ela mais precisava de solidariedade e apoio: o seu marido pediu o divórcio deixando-a só, com um filho de tenra idade. Valeu-lhe o apoio incondicional de algumas amigas e ainda de outras doentes do IPO a quem se dedicou de alma e coração, ajudando-as a levantar o ânimo de que tanto precisava também.                                                              O diagnóstico do cancro é quase sempre o momento mais crítico da doença. Perde-se o chão, o mundo desaba e parece que é o fim, pois trata-se de uma doença com uma carga negativa muito forte e que carrega um estigma, embora hoje já não corresponda à realidade.  Nos primórdios do século XX a sociedade via o cancro como uma condenação à morte, o que ainda faz com que muitas pessoas não acreditem que um tratamento adequado pode levar à cura. A falta de informação e a crença de que não tem cura acabam por gerar o medo e esse medo muitas vezes faz com que a pessoa não queira saber se tem algum tumor maligno, adiando o diagnóstico e a possibilidade de um tratamento eficaz.

Com 27 anos Liliana nem queria acreditar no que o médico lhe dizia: “Tem cancro”! Ficou apática até entrar num choro convulsivo. Pensou que ia morrer, porque sempre ouvira muita coisa má sobre a doença. “Será que vou morrer? Será que vou ficar sem seios? Irei aguentar o tratamento”? Apesar de se considerar uma pessoa forte, percebeu que não era assim tão forte quando quis desistir do tratamento logo na segunda sessão de quimioterapia. Mas, com a ajuda da mãe e dos amigos não desistiu. Acabou por descobrir no tratamento um meio para atingir o fim e o medo e a incerteza iniciais foram diminuindo com o tempo. A cirurgia da mama foi uma etapa vencida, tal como a quimioterapia, apesar dos enjoos, náuseas e outras reações. Mas foi a queda do cabelo que mais lhe custou, apesar de estar de sobreaviso. Chegou a cortá-lo tipo Chanel, mas não adiantou. Quando começou a cair em tufos, ficou chocada e acabou por aceitar rapá-lo, mas achou horrível. Inicialmente nem se queria ver ao espelho, mas depois foi-se acostumando até festejar o nascimento de qualquer cabelo. Como também se foram as sobrancelhas, pestanas e todos os pelos do corpo o que viu como uma vantagem: “Já não precisava de gastar dinheiro a depilar-se”. E, com o tempo, passou a olhar o lado bom das coisas, em especial o sentimento de gratidão. Gratidão a Deus que, diz, sempre esteve na sua vida, embora ela andasse tão desatenta da sua fé. Mas Ele nunca a abandonou. Gratidão por ter a mãe por perto, sempre a cuidar dela. Gratidão pelos amigos maravilhosos que estiveram bem presentes o tempo todo, apoiando e incentivando. Gratidão por ter um namorado compreensivo, paciente e companheiro. Gratidão por ter perdido o cabelo e não a cabeça. Gratidão ao passar a ver a vida de forma diferente, com mais amor e paciência.  

Apesar dos grandes avanços conseguidos na luta contra o cancro, não temos dúvidas que continua a ser uma doença assustadora que deixa em pânico os mais informados. E de tal forma o é, que muitas pessoas ainda hoje se recusam a pronunciar a palavra “cancro”, substituindo-a por “mal ruim”, como se ao dizê-lo o possam atrair. Fazer frente à doença depois do choque terrível a que ninguém escapa ao ouvir o diagnóstico como se fosse uma sentença, é um ato heroico, o desafio de uma vida que merece ser relevado e digno de louvor.

As mulheres que aqui trouxe, todas elas com cancro da mama, fazem parte de um número imenso de pessoas que fez da sua vida uma luta constante e persistente no combate à doença, caindo e levantando-se de seguida, sofrendo, mas fazendo das tripas coração, percorrendo um caminho de derrotas e vitórias, tantas vezes a lutar ao mesmo tempo contra outras adversidades da vida pessoal num combate de várias frentes que se torna violento e difícil, num manancial infinito de histórias comoventes e heroicas. Trazê-las aqui é render homenagem a gente que nós conhecemos, mas a quem tantas vezes não soubemos ou não conseguimos levar conforto e força de ânimo por múltiplas razões, a começar pelo nosso egoísmo e falta de solidariedade. E percebemos melhor que nunca a importância dessa solidariedade quando somos nós a apanhar o choque de um diagnóstico que, apesar dos avanços da medicina, continua a ser terrivelmente assustador …     

Somos mesmo um animal de hábitos…

Cá em casa sou eu que preparo o meu pequeno almoço. O ritual e os passos são sempre os mesmos: ainda em jejum, bebo um copo de água (no inverno aqueço-a ligeiramente no micro-ondas durante 35 segundos. Sempre). Depois, coloco na mesa da cozinha um tabuleiro com uma colher de sopa e uma tigela (a minha). Encho-a até um dedo abaixo do bordo com bebida de soja (vulgarmente conhecida como leite de soja), um quarto de litro mais coisa menos coisa. Levo-a ao micro-ondas durante 1 minuto e 30 segundos e, enquanto aquece, vou à sala retirar um medicamento e dois do armário na cozinha bem como o pacote de flocos de cereais. E é quando toca a campainha do micro-ondas a avisar que está quente. Com duas pegas retiro a tigela que volto a colocar no tabuleiro e tiro da lata de bolachas uma para a cliente do costume: a minha cadela Becas. Sento-me, mexo a bebida e, à medida que vou colocando flocos vou comendo, porque gosto de os sentir a estalar na boca. A cada quatro colheradas a Becas tem direito a um bocado da bolacha Maria. Faço coincidir o final do meu pequeno almoço com o último bocado de bolacha e arrumo tudo pela mesma ordem. Todos os dias cumpro este ritual, sem alterações de monta, como se o momento fosse reproduzido por uma cassete gravada. A mesma cena repetida ao longo dos dias, semanas, meses e anos. 

Esta é uma cena diária, repetitiva, um hábito que não sofre qualquer alteração. Mas há muitos mais. Desde que acordo, a forma como o faço, como me levanto, o roupão, o telemóvel, a casa de banho, o cortar a barba, o banho e tantos outros ritos que se repetem dia após dia, ano após ano, sendo cada gesto, ato ou tique algo muito pessoal, mas sempre igual. Porquê? Porque sou um animal de hábitos.

Ao longo da vida, especialmente quando adultos, adquirimos hábitos. Uns podem ser bons e outros ruins. Alguns ajudam-nos a progredir e seguir em frente, enquanto outros não passam de um travão. Daí que a qualidade da nossa vida é o reflexo dos nossos hábitos, bons, ruins ou nem uma coisa nem outra. Aliás, há hábitos tidos como maus, mas que podem ser geradores de algo bom. Se um jovem tem o costume de usar e abusar da internet e dos jogos eletrónicos, isso pode dar-lhe capacidades que, bem orientadas e aproveitadas, podem vir a ser uma mais valia.

Se analisarmos ao pormenor cada dia da nossa vida, veremos que a maioria deles é quase uma cópia dos anteriores, como que tirada a papel químico. Nenhum de nós é igual ao outro nos seus hábitos, na sua maneira de ser. Cada um tem a sua forma de executar uma ação com frequência e regularidade até a tornar um hábito.

Para quem trabalha numa indústria em que os procedimentos fabris estão bem estandardizados, como é a de confeções, os gestos, os procedimentos, os movimentos de braços e pernas não passam de cópias ritmadas em cadências muito semelhantes ao longo da vida profissional. Se olharmos bem, até o levantar da cabeça, o ajeitar a peça com o braço, acionar o marcador das peças fabricadas, o respirar fundo, coçar o pescoço ou outra parte do corpo, são gestos automáticos, instintivos, fotocópias umas das outras ao longo de dias, semanas, meses, anos, vidas. Tudo é uma eterna repetição, como quando em criança cometia um erro no ditado ou cópia e a professora, por castigo, me obrigava a escrever a mesma palavra cinquenta vezes seguidas para não voltar a cometê-lo. E, na fábrica, essa repetição faz-se indefinidamente, vezes sem conta, como numa aprendizagem sem fim à vista …

Como procedemos quando vamos tomar banho pala manhã? Será que variamos a sequência dos passos a seguir ou cumprimos à risca uma “cartilha” sem um mínimo de variação? Eu dispo-me, coloco a roupa no mesmo lugar, entro no chuveiro, corro a cortina, abro a água e espero até ficar temperada, molho o corpo na mesma sequência do dia anterior (e dos outros), fecho a água, ensaboo-me, volto a abrir a água, enxaguo e retiro a espuma seguindo sempre o mesmo ritual, fecho a misturadora, limpo-me com a toalha a partir da cabeça, para terminar nos pés. E passo à fase do vestir. Todos os momentos são os mesmos do dia anterior e dos outros, como se já não soubesse tomar banho doutra forma. Como se fosse um robô programado e em piloto automático. 

Tenho um amigo que tem horror aos hábitos e às rotinas. Quando vai a qualquer lado, a pé ou de automóvel, faz questão de voltar por um caminho alternativo. Acha ele que toda a repetição é monocórdica, entediante. Por isso, varia em tudo o que pode, desde o restaurante à comida, do que faz à música que ouve. Já lhe perguntei porque é que ainda está casado com a mesma mulher há quase quarenta anos, mas não me respondeu, nem eu quis saber se “quebra” essa rotina e com que frequência o faz …

É natural que cada um de nós tenha os seus hábitos, bons e maus, que definem muito quem somos e como somos. É verdade que podemos, e em muitos casos devemos trabalhar alguns deles, no mínimo para ter melhor qualidade de vida. Cá por mim preciso de “dar um jeito” a todos aqueles hábitos a que chamamos “males da vida moderna”, tais como alimentação não saudável, horários de sono desorganizados, vida sedentária, falta de descanso, excesso de trabalho e outros tidos como normais na nossa sociedade, mas que, mais dia menos dia, nos vão cobrar o seu preço.  

Diz-se que somos um animal de hábitos. E, se olharmos bem para os nossos comportamentos e atitudes, temos de reconhecer que é bem verdade. A questão verdadeiramente importante é saber se somos capazes de manter os bons hábitos, os que funcionam a favor de uma saúde física e mental equilibrada, ao mesmo tempo que reduzimos o peso dos outros que não ajudam, naquilo que faz da vida “uma eterna repetição” …